Porta Cinza Gianduia

A Porta Cinza
A porta cinza, com sua superfície lisa e maçaneta de metal, permanecia imóvel no corredor. As ranhuras discretas na madeira indicavam anos de uso, mas a tinta cinza ainda estava relativamente intacta.
Ao tocá-la, sentia-se uma sensação de frieza, como se a própria porta absorvesse o calor do ambiente. Ela guardava segredos, histórias de quem a atravessara. Algumas vezes, ouvia-se um rangido suave quando alguém a abria, como se a porta também suspirasse ao revelar o que estava do outro lado.
Por trás da porta cinza, havia um mundo desconhecido. Um lugar onde memórias se misturavam com sonhos, e o tempo parecia desacelerar. Às vezes, a luz do sol filtrava pelas frestas, criando padrões dourados no chão de tábuas gastas.
Era ali que as decisões eram tomadas, onde amores começavam e terminavam, e onde a vida seguia seu curso. A porta cinza era testemunha silenciosa de tudo isso, guardando segredos que jamais seriam revelados.
E assim, ela permanecia ali, no corredor, entre passado e futuro, uma barreira entre o conhecido e o desconhecido. A porta cinza, com sua simplicidade aparente, escondia um universo de possibilidades.







